Princess Mononoke | Indicação Da Semana



Konbanwa! Para muitas pessoas, o artista Hayato Miyazaki é conhecido pelas fantásticas obras “A Viagem de Chihiro” e “O Castelo Animado”. Aqueles que acham que sua obra se resumem a isso, se espantam ao ver a diversidade de coisas que seu estúdio já fez, não só pela quantidade de coisas em si, mas pela riqueza de cada uma de suas histórias tanto no contexto de história como no quesito artístico. Uma das mais clássicas você conhece a partir de agora.

Era uma vez...




Em um tempo onde deuses e demônios habitavam as profundezas das florestas que ainda se mantinham de pé após a devastação da grande maioria pelos homens, somos apresentados a Ashitaka, príncipe de uma vila atacada por um imenso javali enfurecido. Após derrota-lo, e ser tocado por ele durante a batalha, Ashitaca se vê obrigado a deixar a vila e rumar para o oeste em busca de uma cura para sua ferida, uma maldição imposta sobre ele pela criatura mística que era o javali. Se nada for feito, ela o consumirá por dentro e causará sua morte.
Em sua peregrinação, Ashitaka encontra Mononoke, uma espécie de princesa adotada pelos lobos, outros seres místicos que habitam as florestas em sua defesa, e que servem ao espírito da floresta. Através dela o príncipe descobre os motivos por trás do ataque à sua vila.

Uma lição importante.




Hoje somos bombardeados por reportagens, artigos, ensaios e várias outras formas de publicação a respeito da preservação da natureza e as consequências da destruição desenfreada causada pelos homens. É um discurso que pode parecer chato, e aplicado a história de uma animação talvez soe até mesmo bobo. Entretanto, só mesmo assistindo para entender como Princess Mononoke consegue usar esse tema de forma simples e cativante para criar uma história envolvente e magnífica, uma obra verdadeiramente ímpar.

De encher os olhos.




Quem está acostumado com as obras do mestre Hiyazaki sabe bem como é a identidade visual de seus trabalhos, sempre rica, cheia de detalhes e que transmitem um sentimento que é difícil explicar. Certas cenas, mesmo sem uma única fala de diálogo, apenas pela imagem em si, evocam uma emoção de surpreender o expectador. Algo presente no traço, mas que está muito além disso.

Uma viagem musical




Algumas semanas atrás eu havia falado do Anime Music Experience, um compilado de músicas de animações clássicas e contemporâneas, remixadas para um ritmo mais zen. Nesse álbum que eu descobri o tema de Mononoke Hime, antes mesmo de assistir o filme. Ouvir depois a música original e toda a trilha sonora baseada nessa mesma música foi uma sensação muito bacana, pois toda a trilha sonora consegue transmitir perfeitamente o tom da história, e após o filme é difícil não gravar a melodia na cabeça e relembrar toda a a ventura novamente.

Já posso preparar a pipoca?

Também é importante falar do carisma de cada personagem na trama. Enquanto nos acostumamos a ver estereótipos clichês ou personagens rasos nem produções regulares, aqui há um esmero por trás de cada  pessoa ou animal que possui um papel fundamental a desempenhar na trama. Isso somado a tudo que foi dito antes faz de Mononoke Hime um épico indispensável pra quem gosta de belas produções e quer conhecer mais do que mestre Miyazaki e o Estúdio Ghibli podem fazer.
Sayonara!