Konnichiwa, esfera azul! Entre mortos e feridos, estou eu aqui de volta tentando voltar à rotina de publicação aos domingos neste honorável blog. E sem muita enrolação, apresento-lhes a figura histórica de quem falarei agora: Hattori Hanzo!
Nosso famigerado ninja (que eu pensava que era samurai há algum tempo), também conhecido como 服部 正成, Hattori Masanari, segundo algumas fontes, nasceu na província de Mikawa, em 1541, filho de Hattori Yasunaga, um importante ninja do clã de Iga, na época, um dos mais fortes clãs do Japão.
Seu treinamento começou muito cedo, ao menos para os padrões ocidentais (descobri lendo Rurouni Kenshin que, naquela época, com 14 anos de idade, uma pessoa poderia se casar!!), iniciando-se na arte do ninjutsu aos 6 anos. Aos 16, era considerado um poderoso ninja, apelidado de Oni-Hanzō (鬼半蔵? "Demônio Hanzō"), por suas habilidades de guerra.
Um de seus feitos mais notáveis foi a proteção de Tokugawa Ieyasu (ainda Matsudaira naquele tempo). Quando Oda Nobunaga, curiosamente aliado de Ieyasu, lutou pela unificação do país, este massacrou a província de Iga, obrigando seus moradores a procurar abrigo em outras regiões japonesas. O clã Hattori foi acolhido justamente pelo clã Matsudaira, oferecendo vassalagem ao mesmo.
Acontece que, após a morte de Nobunaga, Ieyasu foi considerado criminoso condenado a morte. O futuro xogum, regressando de Sakai com a guarda baixa e sabendo da notícia, deixou aos cuidados de Hanzo a missão de leva-lo em segurança de volta a Mikawa. Com a ajuda de Taro Shiro, Hattori reuniu um contingente de 300 homens responsável por neutralizar os ladrões da região acidentada de Iga, por onde a comitiva passaria, e escapar das patrulhas inimigas pelo caminho.
Hanzo morreu em 4 de dezembro de 1596, pelos ninjas do clã Fuma. estes perseguiram Hanzo e seus homens que tentaram fugir pelo mar sem sucesso. Naufragos, tentaram nadar até a costa e acabaram cercados pelo clã rival, que lançaram óleo na água e atearam fogo logo em seguida, fazendo com que todos queimassem até a morte.
Por seus feitos em vida, tanto no período Sengoku quanto na era Edo, onde evidenciamos aqui a batalha de Sekigahara, a memória de Hanzo continua viva até hoje na história do Japão, sendo lembrado e homenageado diversas vezes em vários segmentos da cultura pop, tanto deste quanto do outro lado do mundo.
Seus restos mortais atualmente encontram-se no templo Sainen-ji, em Shinjuku, junto com as suas lanças de guerra favoritas.
Bom, quanto a espada Hattori Hanzo, desculpa galera: pelo visto é só ficção da mente doentia de Quentin Tarantino mesmo. concordo que seria muito legal se ele também fosse realmente fabricante de espadas, mas paciência...
E por enquanto é só! Torçam pra que eu encontre esses tempinhos livres na minha conturbada rotina pra continuar trazendo um pouco mais sobre essa fascinante cultura! Sayonara!
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